terça-feira, 28 de setembro de 2010

O nosso poema processo

Ponto 1, a "Ave" de Pino inaugura o movimento antes de andar. E a caretice no auge sequer sabia do processo em andamento. Processo, palavra chave, mágica, abrangente, voos para uma vanguarda que habitava o tripé da A Palhoça, Cine Clube Tirol e calçada das Cocadas. Poetas do quê? Processo de onde? Explosão: Buuum? A palavra caiu na porta da Livraria Universitária: Track!

A(r)mar?, 12 x 9 era Falves, o Olho de Anchieta, 1822 de Nei. Sorria! Es USted Livre? Laércio Bezerra era. E veio Frederico Marcos reinventando o Olho. E Bianor perguntou "E agora?". Veio o sonho, Dailor, Marcos Silva, Sanderson, Juliano e Moacy.

Cirne fazia a ponte do Rio: Álvaro e Neide, o papa Wlademir: Poemas Inaugurais. Poemics. Um tal Projeto Zero de Bosco Lopes. Por uma Vanguarda Nordestina. E de Recife pintou Jomard, Marcone e Bruscky, o dadaísta declarando guerra ao obscurantismo.

BEBA COLA COLA
BABE COLA
BEBA COLA
BABE COCA
CACO COLA
CLOACA

Seja Marginal, seja heroi em Natal. Praia dos Artistas, Proposição 67, humanismo funcional para as massas. Abaixo a Censura e Viva a técnica-operatório: Não se busca o definitivo. Salve o Relativo. Salve o Provisório. Não ao Não. Ação. Crie sua Versão.

Faça humor, faça quadrinhos e xô todas as legendas, a ditadura militar, a velha estética.
E subiu a Paraíba num dia qualquer, com Zé Neumanne, Aderaldo Agnaldo Arnaldo e Regina Coeli: WYKYW. Curta, poemas visuais, pão gigante de Marco Polo, Pátio de São Pedro, Mauriceia. O pau do AI-5, o 68 radical, filhos de Oiticica, seus parangolês. Quem tem medo do 69?: "Toda poesia cabe aqui" na metalíngua de Plínio e Medeiros. Uma quase palavra na boca da privada: Câmbio. Signo de processos: $$?$?, instalações quase elétricas. Finda. Começa. Instauração da Práxis.

Chico Lira

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